AOS PAI & FILHO EM POMPEIA
Em setenta e nove, Pompeia,
Meu menino de catorze anos
Tomado pela febre e delírios.
Eis que o chão, qual centopeia,
Tremula qual bandeira em panos
para manga, campos sem lírios.
Projetada vida no projeto de outra.
Pai, amor vencendo a barreira de tempo !
A hecatombe veio toda desenvolta
E sobre tudo toma assento.
Em mil novecentos e setenta e nove
O garoto folheia livro sobre a desgraça.
Ao dar com a foto de filho e pai, se comove:
Amor independe de tempo,cor ou raça...
Dedico a Richard Foxe e Verdana Verdannis.