LIBERDADE CERVICAL - POESIA
O que fazer com essa nossa liberdade
de ir e vir; de conhecer e ser conhecido?
De andar para onde quisermos...
Conhecer e interagir com quem
nossos olhos se encantarem?
Num mundo vasto, onde os vazios,
os mistérios, os sonhos, as fantasias,
se encontram em forma de poesias?
Há quem possa nos limitar?
Há quem possa impedir
essa minha liberdade de
voar de encontro ao aprendizado
do desconhecido mundo dos
Sapiens Símios?
Amizades. Camaradagens.
Puerícias em plantios de
flores em heliantos.
União em campos de girassóis,
que se encantam e se movem,
todos, de cara virada para o sol.
Que mal há em, como ave,
andorinhas, periquitos ou pardais,
soltos, livres, aos ares voando,
pousar nas árvores frutíferas,
sem malícias sapiens animais?
Tem algum limite à busca do saber?
Deve ter algum limite na busca do conhecer?
Quem está do outro lado, a escrever?
Quem mais te encanta ler?
Quem mais você quer, à fundo, conhecer?
Que importa fazer amigos e amigos
e mais amigos, nesse lindo lugar
onde o ser se liberta e despeja
seus sonhos, suas sombras,
seus medos, seus desejos de amar?
Numa liberdade cervical,
onde o corpo não pára e
o pescoço não se permite
petrificar, girando para lá
e para cá, dando atenção...
Então porque nos seria
de modo diferente agir
aqui, neste lugar, onde
o mistério ronda e nos sonda?
Lealdade, sinceridade, carinho,
respeito, amor. É só o que peço.
É como ajo e executo
minha maneira de circular
neste universo singular.
Minha mente te escolheu.
Meu coração te escolheu.
Meu desejo te escolheu.
Desvendar seu mundo é
agora um destino meu...