PASSASTE

Versão de 2007 de um velho poema de 1998 que decidi renovar e também nalgumas letras de Jorge Palma

A Ti, a todas aquelas que me estimam e também à Paula, Amiga enorme que faz a ponte entre a minha fervura intrínseca e a calma que m é natural mas da qual por vezes perco a localização no mapa

PASSASTE

Mil borboletas pela minha imaginação

Podiam ter sido mil anos

Mil fragas amistosas

Que me animam a alma

Me elevam o coração

Passaste

Por aqui só um bocadinho

Pareceram cem dias

Pois um segundo vindo de Ti

Equivale-se a uma eternidade

Tal a dimensão do carinho

Passaste

Bem aqui ao lado

Mas pelo lado certo da minha porta

Eu vi-te

Tu notas-te no meu sorriso

E sorris-te também

Pois a felicidade e a paz entre nós

Mesmo á distância

É o que realmente importa

Passaste

Um bocado

Bem passado

E tiveste

Vontade de repetir

Embora a vida se mova em ondas

E o passar

Também implica partir

Para perto

Ou longe

Tal não tem relevância

Desde que voltes a passar

E saibas que o meu destino

É local

Por onde possas também ir

Passaste

Por Deus

Como por mim

Eu voltei

Ao teu credo

E à minha calma

Porque há sentires

Amizades

Quase sacrossantas

E credos assim…

Passaste

Os teus olhos e dedos

Pelos livros que eu vou escrevendo

Caminho para Ti

Que o faço

Num suave e lúcido enledo

Pois o que temos

Em comum

É um segredo

Que toda a gente está a par

Podemo-nos

Até um ao outro sem querer magoar

Mas nunca

Jamais pararemos de ambos gostar

Dessa coisa única que é

Estar

No mesmo espaço

No mesmo tempo

Mesmo a um milhão de quilómetros de distância

Por isso posso dizer que

Passaste

E ao mesmo tempo

Ficaste

E isso

Para além das estrelas

É o que tem realmente importância