Para uma maluca-beleza

Doida, é duro ser saudosista,

querer em vão regredir

o tempo que já se foi,

ser remanescente quando nada mais existe.

Penso em você, doida,

quando éramos nós,

estamos distantes

sem saber um do outro,

não sei o que o destino

fez de seus inúmeros planos.

Doida, Joplin, Hendrix, Lennon, Raul...

todos partiram e não mais retornarão,

a incompreensão e a violência

crescem assustadoramente,

estamos sozinhos, sem ânimo,

doida, penso em você,

sinto muito a sua ausência,

continuo na mesma, apareça,

precisamos resonhar tudo

que o destino de nós ROUBOU...

mai/1979

JorgePoetaurbano
Enviado por JorgePoetaurbano em 17/10/2018
Reeditado em 17/10/2018
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