A minha amiga Isabel

Um dia talvez por presente

Ou então por milagre

Estava triste, sozinha

Confusa da vida, chorando

Do outro lado uma nova amiga

Simpática, gentil, atenta, escutando

cada palavra que prenunciava

Era cuidada, dita no momento certo

Ela cuidou de mim como uma mãe

Aquela que eu ainda tenho

Mas que sou órfã de mãe viva

Conversar assim com ela

Era impensável, irracional

Talvez falar de comida e compras

Do caro que estava a vida

Era a única conversa de mãe

Mas como a minha amiga Bell

Era a mãe que não tinha

Sentia que podia abrir o coração

Falar os meus medos, tristezas

Ela ensinava com calma a ver

Todo de outra forma, era como

Pintar um quadro de belas cores

Ela dava significado a vida

De forma singela e pura.

Com ela chorava, ria, fazia piada

Outras vezes resmungava

Até cometi injustiças, acusando

Eu senti um lixo, envergonhada

Porque magoei quem mais gostava

Talvez não possa reparar o erro

Pedir desculpa, isso eu posso

Reparar o erro também

Mas a ofensa ficou lá

Marcou quem eu amava

Hoje sei que posso começar

Sem voltar a magoar, pisar

Mas aprendendo que devemos

Estar atentos ao que falamos

Pois magoar e fácil, difícil

É reparar os erros e pedir desculpa

Amigos assim não existem

Eu tenho um belo anjo amigo

Que me levantou quando precisei

Curou as dores do coração

E soube enxugar as minhas lágrimas

Por isso eu sou feliz e grata

Pelo lindo anjo que foi colocado

No meu caminho e ajudar

Um verdadeiro presente de Deus

Betimartins
Enviado por Betimartins em 01/09/2007
Código do texto: T633378
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