Desvanece
Era noite
Era dia
Era a madrugada
Distante e fria
Seu rosto desaparecia
A cada memória forçada
A cada lembrança inventada
A cada pedaço de vida
As horas passam
E me mantém ativa
O sono me abandona
Minha alma vibra
Ainda vive em algum tempo?
É noite ou dia?
É frio? É escuro?
Pois então me diga
Seu retrato não encontro
De tuas palavras não me lembro
Pois me diga pobre alma
Por que de ti não me esqueço?
Que valor tens eu não sei
O que és muito menos
Pois me diga
Por que...
Esquecer de ti não me atrevo?
Tens um trevo contigo
Mas a sorte não te acompanha
Tens meus sonhos, amigo
Ainda assim não me encontra
Se mostra distante
Sempre sem palavras
Eu avisto teu rosto
Mas nunca me aproximava
Ora! Estamos presos
Entre dois mundos
Entre dois planos
Duas frequências
Dois submundos
De ti amigo não me lembro
Nem sei de tua real existência
Mas sinto que sentes minha falta
E sinto tua presença
Em alguma lembrança sobrevive
E em meus lamentos mantém sua essência