SORRISO RASO (Para Débora Moura)
Naquele olhar gira-mundo,
às vezes preso ao acaso.
No seu temor mais profundo
ou breve sorriso raso,
mergulho sem precaução,
sem medo de me afogar,
lavado em convicção
de que, no globo ocular,
hei de encontrar mansidão;
me conhecer; situar.
Sem perscrutar conclusão;
apenas peito e lugar.
e quando o mundo, exaurido,
nos refutar condição,
ter, um no outro, um sentido;
um plano e uma direção.