DESERTO DE ARMÁRIOS
O DESERTO DE ARMÁRIOS
Apesar do violão do nosso irmão
A gente sentia saudades de casa
A gente sentia o corte na carne
O corpo sangrar
A gente sentia dor
No deserto de armários
Estava setembro
Estava a floresta de abetos
Os braços abertos caídos no meio da avenida central
Estava a calçada debaixo da marquise
E o campo dos invisíveis
A noite era longa
A chuva era fria
Tão fria quanto a solidão longe de nossas mães