VITÓRIA CHRISTINA SILVA
VITÓRIA CHRISTINA SILVA
À querida amiga Vitória Christina Silva, com um beijo do Sylvius.
‘Do norte do norte’,
onde tudo começa,
às margens do delta Amazonas,
a esbelta Vitória Régia tece a minha história.
As luzes da Estrela D’Alva refletem nas águas,
e a sobreposição das imagens escreve aquilo que nunca foi escrito.
Ungida por Jesus Cristo-meu-Deus,
a Jerusalém brasileira
recolhe a energia que emana da floresta
e reina na Casa do Pão:
Belém!
Benditos filhos cristãos, círios em procissão, em oração,
demonstram a devoção a Nossa Senhora de Nazaré,
silvam o canto da fé
junto à deusa natureza Silva,
unidos às grinaldas das divindades florestas, matas, bosques, sylvius, águas...
‘Do norte do norte’,
onde tudo começa,
no lugar em que se unem os versos da cosmologia,
na ribalta do Amazonas,
boto submerso,
silvas e astronomia,
delta de Vênus,
com perfume de madressilvas,
as bênçãos de Deus,
‘O Dono da sorte’,
e em meio à selva e sobre as águas longínquas,
bailam emersas às reviravoltas
as sirenas Vitórias-Régias,
cosmogonia,
a planta-da-sorte
a emanar fluídos transcendentais,
a Flor da Amazônia
reina entre as ecologias das Índias Ocidentais.