O rio que corre em si

O pássaro azul pousou

Lentamente,

Nos píncaros gelados da incompreensão.

Olhavam-no com desdém,

Como se possível fosse, desmascara-lo.

De seus olhos cinza

Escorria uma lágrima rubra

De todas as guerras enfrentadas.

Passava ali, a imensidão de uma vida...

Quase aniquilado

Pelos horrores da inquisição.

Não queria glória dos potentados

Nem mesmo o exótico reconhecimento

De ter vida. A VIDA!

Ansiava pela consagração

Da igualdade na diferença

Do ser vivo afeito a emoções.

Como um rio que desnuda e rasga a terra

Para alimenta-la depois

Traz o húmus fertilizante

Da aurora boreal,

No seu doce mistério

Colorindo as faces límpidas

Da solidariedade-cristã!

sonia barbosa
Enviado por sonia barbosa em 19/10/2005
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