O rio que corre em si
O pássaro azul pousou
Lentamente,
Nos píncaros gelados da incompreensão.
Olhavam-no com desdém,
Como se possível fosse, desmascara-lo.
De seus olhos cinza
Escorria uma lágrima rubra
De todas as guerras enfrentadas.
Passava ali, a imensidão de uma vida...
Quase aniquilado
Pelos horrores da inquisição.
Não queria glória dos potentados
Nem mesmo o exótico reconhecimento
De ter vida. A VIDA!
Ansiava pela consagração
Da igualdade na diferença
Do ser vivo afeito a emoções.
Como um rio que desnuda e rasga a terra
Para alimenta-la depois
Traz o húmus fertilizante
Da aurora boreal,
No seu doce mistério
Colorindo as faces límpidas
Da solidariedade-cristã!