De tardezinha
Dedicado à Mauricéia
Uma tarde cheia de brilho se abriu,
E eu entrei do lado de fora,
Debrucei solene numa estrela fantástica,
Soltei as pernas ao brando vento,
Cochilei sobre uma nuvem,
E percebi o tempo suspirar.
Ele quis e não quis passar
Sonho adentro.
A tarde continuou oferecida,
Era a mais imponente flor de um jardim.
E as pétalas cobriram meus olhos,
Lâminas transparentes
Fizeram-me notar;
Aurora, sopro da manhã,
De tardezinha,
Brilho e perfume n'alma.
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Escrevi esse poema depois de conhecer, num bate papo no ônibus de Marechal Candido Rondon a Toledo/PR, uma mulher doce e inteligente. Ela estuda teatro no Rio de Janeiro. Quero ver o que irá sentir quando ler esse poema inspirado em nossa tarde fugaz, mas de muita sabedoria permeando.