Amigos com almas...
 
Nos meus pincéis desenhei as faces ocultas
Elas refletiam o desejo sincero da minha alma,
Entre desertos e tendas
Eu guardei em especial os momentos sinceros...
 
Nem mesmo o vento abalaria as estruturas
Nem os raios traiçoeiros do escaldar do sol
Queimaria as fotos dos momentos únicos...
 
Como um pastor
Eu seguia procurando as ovelhas sem mestre,
O rebanho parecia fiel aos ideais
Que criamos por tempos sagrados...
 
Eu segui os gestos e as falas,
Senti o cheiro de cada lembrança,
Mas ao acordar
Descobri que estava longe do meu seguro lar...
 
Eu precisava confiar e compartilhar,
Precisava abrir o coração sem medo,
Assim as dores não afetariam a serenidade...
 
Mas os amigos ficaram distantes,
Esqueci de regar os jardins do deserto,
Deixamos que o lago secasse
E assim permitimos que o grande oásis morresse...
 
A dor não faz parte da partida que esquecida
Prometeu um regresso ao nosso abraço,
A dor faz parte da atual memória,
Eu tenho casa,
Tenho as vestes que me protegem da chuva,
Tenho a água que mata a sede,
Mas não tenho os amigos que me aquecem,
Os que ficaram longe
Apenas acenam com sinceridade,
Os que chegaram tão recente
Não fazem parte da grande cumplicidade,
Eles não são leais
Nem realçam nas novas telas que adormecem no meu pincel...
 
Aos amigos que ficaram longe e está sempre tão próxima a minha alma...
 
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 16/08/2017
Código do texto: T6086007
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