Cegueira

Como foi possível eu ter-te tanta amizade,

Amar-te de coração e alma como te amei,

Amar cada dia e momento que contigo passei,

E guardá-los como tesouros de imensa felicidade…

Como fui tão cega dos olhos físicos e dos do coração,

Que vivia com tanta certeza do que entre nós havia

Que não vi o que devia de ter visto e sentido intuição,

De que a ausência prolongada, perdas entre nós entrevia…

Não estou arrependida da maneira como para ti me doei,

Do quanto foi bom o que vivemos, e do que de nós restou,

Tudo que tinhas, virtudes, defeitos e até ás loucuras eu me afeiçoei,

Nem palavras duras ditas sem pensar me desencantou...

Sei que em minha alma e coração eternamente irás morar,

O tempo é um bom amigo e conselheiro para feridas sarar,

E mesmo que um dia me venhas a de verdade esquecer,

Se nossas almas se cruzarem, sentimentos se hão-de reacender!

E a esperança que se encontrava em estado de hibernação,

Acenderá uma faísca que dará vida a cada adormecido coração…

E nossas Almas renascerão, como a fénix saída da reparação,

E quem sabe desta vez possamos nossos erros emendar,

Principalmente tu a saberes como te doar e de verdade amar!...

Maria Irene
Enviado por Maria Irene em 09/07/2017
Reeditado em 09/07/2017
Código do texto: T6049681
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