Lisbela
Ela costuma escrever tudo que ver...
Ama as cores do céu,
Escreve o que as flores sentem,
Desenha a face do mundo colorido.
Escreve o que os olhos dizem, quando
A boca é incapaz de dizer...
Desenha o sorriso enrustido por vezes na tristeza.
Às vezes, desenha a tristeza enrustida no sorriso.
Ela desenha o mundo e suas maldades,
Em versos sensíveis mostra a dor.
Escreve sobre o tempo e vontades,
Mas sobretudo, sabe expelir o amor.
Ela gosta de mergulhar nas águas dos livros,
Já viajou com o pequeno príncipe por outros planetas,
Brincou no carrossel com os capitães de Areia,
Carregou do professor, a caneta.
Ajudou Dom Quixote com seus moinhos de ventos,
Estava no quarto com Gregor e sua Metamorfose parada no tempo.
Procurou Lucy no céu de diamantes,
Viu Judas com sua amada correr pelo Campos.
Chorou quando Eduardo voltou ao encontro marcado,
Estava com Bukowski quando ele disse " nada está acabado "
Ela gosta de ser, gosta de viver.
Ela sabe correr, sabe voar,
Sabe sorrir, também sabe chorar.
Tem heróis, tem fantasmas,
Fala do passado, corre para o futuro.
Mas nunca deixa de escrever,
Nunca deixa de desenhar...
Nunca deixa sonhar,
Sempre anda a sorrir,
E o mais importante:
Nunca deixa de existir
Andressa, não sei se esses versos são para você, ou se você é para esses versos.