Ilha de Rafael
Você se lembra quando eramos o brilho
que atravessava a lua?
Você se lembra quando o prisma era clarão
de arribanceira.
Você se lembra quando a noite nos possuía
e eramos saxofones do peculiar.
Você se lembra quando o brilho do amanhecer
era o soar do mar.
E virava dia em nossa armadilha.
Rafael qual o brilho do céu?
Você se lembra do descobrir em feição
garantida de cantorias de amores sendo dublados
até serem matinais bandidos.
Rafael você se lembra de tocar a ruga das rusgas
nascendo?
Você se lembra de apalpar o participar.
Você se lembra de como multiplicávamos
nossos rótulos particulares.
Em ameaças coletivas...
Você se lembra dos beijos roubados
de comitivas?
Você ainda tem o gosto do mel Rafael?
Você se lembra dos doces e sabores indolores?
Você se lembra de pular nos rios de espelhos
como cangurus e seus gurus.
Nas águas da vida...
Suburbana e turbulenta.
Você se lembra dos personagens invisíveis de
doces mentiras e olhares irresistíveis
Me conte Rafael sobre portar o mel.
Caro amigo fiel.