Ilha de Rafael

Você se lembra quando eramos o brilho

que atravessava a lua?

Você se lembra quando o prisma era clarão

de arribanceira.

Você se lembra quando a noite nos possuía

e eramos saxofones do peculiar.

Você se lembra quando o brilho do amanhecer

era o soar do mar.

E virava dia em nossa armadilha.

Rafael qual o brilho do céu?

Você se lembra do descobrir em feição

garantida de cantorias de amores sendo dublados

até serem matinais bandidos.

Rafael você se lembra de tocar a ruga das rusgas

nascendo?

Você se lembra de apalpar o participar.

Você se lembra de como multiplicávamos

nossos rótulos particulares.

Em ameaças coletivas...

Você se lembra dos beijos roubados

de comitivas?

Você ainda tem o gosto do mel Rafael?

Você se lembra dos doces e sabores indolores?

Você se lembra de pular nos rios de espelhos

como cangurus e seus gurus.

Nas águas da vida...

Suburbana e turbulenta.

Você se lembra dos personagens invisíveis de

doces mentiras e olhares irresistíveis

Me conte Rafael sobre portar o mel.

Caro amigo fiel.

Diego Porto
Enviado por Diego Porto em 18/11/2016
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