Poesia de brinquedo.

De vez em quando

Eu penso em doar um presente

Que esteja pra sempre presente

Algo que o tempo não estrague

E que nem precise

Ser entregue

Algo que não precise limpar

e nem carregar

Algo que não se regue,

Não se rasgue,

Não envelheça

e não se esqueça

Alguma coisa

Que não se vista

e nem se ponha na cabeça

Enfim

Eu ponho alí

Um pouco do meu tempo

e muito de mim

Eu faço meu presente ao mundo

Mas não é todo mundo

Que o vê

Pois é preciso

Ter no peito

Um jeito um pouco mais profundo

de ver e de viver

Mas ele ficará guardado

E poderá ser uma coisa boa

Um dia

Na vida de alguém,

Cada um doa aquilo que tem

Eu deixo ao mundo

Poesia.

Edson Ricardo Paiva