Torturando
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Torturando
Há versos tortos que nos acertam,
certeiros.
Há poetas mortos que nos emocionam,
fagueiros.
Há linhas curvas
e curvas retilíneas;
línguas turvas
que burlas nas entrelinhas.
Tens o dom do ardente zelo.
E eu, cá dentro de mim, escondido,
descobri que posso tê-lo.
Ambiguidade intencional,
conteúdo pelo continente,
sou a metonímia do meu verso!
Sou a certeza
do que nas entrelinhas confesso:
não-fingidor!
Crato, 16 de outubro de 2016.
12h35min
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