SOMBRA DE MIM MESMO
Sou uma sombra de mim mesmo,
Vesti-me de uma capa invisível,
Não quero que me vejam, creio
Que não me acham tão credível.
Esta sombra escura que me veste,
É a capa que me defende de quem
Me deseja mal, sem saber quem,
Não quero ser afectado de peste.
Passo despercebido entre o gentio,
Que habita o meu bairro, prossigo
O meu caminho só, tão silencioso,
Sou modesto, não sou ambicioso.
A luz que a minha sombra alumia,
Inspira-me a escrever linda poesia,
Que ofereço aos meus fieis amigos,
Por me tratarem com tanto carinho.
Ruy Serrano - 19.09.2016