Anjos sem aureola
O que mais falar
Daquele que sempre
Ao nosso lado está!
Que vive a nos escutar,
Que nos dá o lenço
Para as lagrimas limpar.
Daquele que sabe que o silencio
São as mais sabias palavras
Em determinados momentos.
Daquele os quais expomos
Os nossos mais íntimos sentimentos.
Daquele que não julga
Que não se omite
É um constante ouvinte.
Daquele que sempre com seu oi
Faz parte de nosso cotidiano.
Daquele o qual dá os ombros
Encoraja-nos, sempre somando
Jamais sendo divisor,
Apenas divide o peso
Que muitas vezes
Carregamos da dor.
Anjos de carne, de matéria
Sem aureola, frágeis como nós.
Que surgem, que se apresentam
Nas horas certas
Em momentos incertos
Para ser ancoras, colunas
Em instantes que nossas vidas
Ameaçam a desabar.