ERA CHEGADO UM TEMPO

A Ti, doce e Imortal Amiguita Borboleta

ERA CHEGADO UM TEMPO

De curarmos as nossas feridas

Era chegado um tempo

De dizer que o Amor se conjuga hoje no passado

E só te quero como Amiga

Era chegado um tempo

De te dizer que o meu afecto por Ti tem a dimensão das minhas estrelas

Com a profundidade das tuas Borboletas

Suave brisa que me banha o rosto quando venho à mítica Janela

Era chegado um tempo

E que da minha realidade nunca deixas-te de fazer parte dela…

De dizer que fazes falta

Que esse tempo não apaga a tua presença

Candeia que és que vais à frente

E que parte do belo em mim Tu alimentas

Era chegado um tempo

De te confessar que sinto a tua ausência

Mas sem nela me sufocar

Era chegado um tempo

De saber por Ti esperar

Era chegado um tempo

De contigo voltar talvez a falar

Era chegado um tempo

De os Deuses virem à Terra

E me devolverem o credo

Que em parte de Ti

Conservo

Era chegado um tempo

De exclamar que do Amor já não sou servo

Pois sirvo apenas o meu Deus

Que é a Amizade

Sendo tu uma Vestal

Desse tesouro sem fim

Era chegado um tempo

De exclamar que como Tu

Nunca vi nada assim

E de jurar a esses Deuses

A minha vontade indómita de nunca te perder

De te jurar a mil sóis a minha incondicional verdade

De te querer para sempre como Amiga

Pois apesar de recente já fazes parte do que tenho de bonito

Da minha poderosa e imortal interioridade

Era chegado um tempo

De querer que o meu sonho também fosse teu

O sonho é de sermos Amigos

Pelo infinito

E sendo assim, porque não esse sonho também não ser dos dois?

Crença imortal que me reconverterá de Ateu

História que se quiseres contarás ao mundo

A saga de dias de tempestade e de calmaria que vivemos, que viveremos e que narraremos um dia, hoje não, amanhã talvez, mas se calhar depois…

Era chegado o tempo…