ENTRE A RAZÃO E O MEDO
Tocou suavemente minha face
Num misto de ansiedade e carinho,
Contou que vivia a minha espera,
Revelou – me já não estar sozinho.
Trazia no olhar um brilho intenso,
E no sorriso o espelho da verdade,
Alma bondosa em retorno ao ninho,
No gugunar visível amenidade.
Entre a razão e o amor vivi a dúvida
Em um misto de calma e desalento
Por senti que todo o meu intento,
Voltava fatalmente a esse rebento.
A lua brilhou em visível alegria,
No momento em que você surgiu,
Brisa noturna fez presença nesta hora,
Em confidência a amizade que luziu.
Com maestria tomei seu corpo frágil
Com inúmeras estrelas o céu se abriu.
No amanhecer e com o sol a claridade
Flores diversas permearam meu jardim.
No intuito de saudar o nosso encontro
Felicidade rebrilhou em gestos mil,
Não me importava o seu nome por inteiro,
Pela primeira vez esse encanto nos uniu.
Abraço forte acolher-me com ternura,
Amor fraterno de experiente irmão
Descobri que o trazia na lembrança,
Já que de longe vem o afeto e a união.
Irmãos na caminhada fomos sempre,
Em tempos idos onde tudo começou,
Sem vaidade fomos sempre confidentes
Da vida digna desfrutamos comoventes.
Obrigada por comungarmos tais verdades
Isolados da perfídia que fere a razão
Bendita seja esta profunda amizade
E que possamos partilhar do mesmo pão.
CRS 15.07.07
“Em homenagem à saga de três almas que hoje unidas desfrutam da eterna magia do viver: Patrícia, André e Andrezinho.”