Estrela da Estação

É a minha querida amiga

A musa desta cantiga

Que o meu estro admira.

Uma beldade da Covilhã

Pele mais alva do que a lã

Os seus olhos são safira.

Sempre de preto vestida

Algum contratempo na vida

A pôs nesta situação.

Mas o traje atro dá nobreza

A esta loira, que beleza...

Uma estrela na Estação!

Sei que ela também ama

Por isso divide a cama

Com um feliz, que não conheço...

Não chego à sua intimidade

Mas tenho dela a amizade

Que entende que eu mereço.

O que eu canto não é conquista...

Mas só o prazer que me dá à vista

A sua notável elegância.

Muito raro é o meu desejo

Pois poucas vezes a vejo,

Separados pela distância...

Entoo assim a minha voz

Para que a franqueza entre nós

Se mantenha sempre sincera.

De Amor! Nem sequer falar,

Pois se o viesse aqui cantar

Seria uma pura quimera.

Nota: Esta canção tem música de "Zé Negro"

Zé Albano
Enviado por Zé Albano em 12/07/2007
Reeditado em 07/08/2007
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