A Imortal Nerfetit de Épiro

sempre me dando ordens...
sempre metendo o dedo em minhas feridas
diferente de todas as amantes e amigas...
- Vá , busque quem se perdeu...
Eu lá vou eu resgatar os que o mar reclamou...
- Não ouse esquecer no mar o meu amor...
E lá vou eu, de longe aceitando a desgraça de sua vida
uma desgraça que ela não deseja na minha!
Mas ela já me ordenou: - não é da sua conta e nem pra sua poesia-
E eu me calo, faço paz e não mato...
Me conhece, chega parece que me criou...
Ha sim ela me forjou!
fez do poeta o leão guerreiro
cuidou dos meus direitos de herdeiro
e ainda hoje, de algum modo, faz o mesmo...
Ela deseja ardentemente minha felicidade
e eu ainda tento, acho que nem é por mim
é na ânsia de realizar sua vontade...
Já não peço que tire suas frias asas de proteção
e nem que poupe a energia de seu fogo de dragão
nessa lama que me precipito
na tempestade desse mar que é meu amigo
vejo sempre a sombra de seus olhos comigo...
Arjuna ensinando paz para Krishna...
Narayana quer rasgar-se na fria lamina da guerra
e Nara roga pelos parentes...
( Esqueçam a saga mentirosa do mentiroso
falo da historia crua de Krishna e Arjuna)
Antes dos instantes dessa sombra que se abateu
ela já me conhecia, ave de rapina rompendo barreiras
e revelando caminhos no Breu...
Nunca bem vindo... Pois ela não compreende que vazio é meu destino...
Mas não sabe deixar de ser mãe...
mesmo que seja estranha em expressar
Mas é sempre presente, fria como a pele da serpente e cortante como o vento que agita esse mar.


olympia.jpg
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 26/03/2016
Código do texto: T5585729
Classificação de conteúdo: seguro