POEMA DA AMIZADE

Assim sendo como duas crianças

Eu vindo da margem da rua que passa

Desajeitado, sem muitos modos

Tu vindo do centro

Impecável nos detalhes todos

Finos modos

Palavras duras

Pondo-te na primeira cadeira

Do outro lado

Fazendo de teus ouvidos

O caminho pouco provável de inúmeras vozes

Sendo assim, dia desses,

Ao fim de qualquer aula

Num momento oportuno de solidão tua

Eu a ver tua alma como que ansiosa

Por amizade sincera

E eu repleto de verdadeira amizade

Chego ao cúmulo de não enxergar qualquer obstáculo

E ali, como duas crianças no pátio da escola

Nus, sem qualquer pertence,

Olhos risonhos de um mundo inocente

Pergunto-te com o peito aberto:

“Tu, queres ser minha amiga?”

Edmilson Antunes
Enviado por Edmilson Antunes em 22/03/2016
Reeditado em 02/07/2017
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