Aquilo que somos
Fomos Feitos
Para correr
Enquanto sentíamos
De uma forma que é impossível explicar
Sensações
O combustível
Que nos impediria de parar
Fomos feitos
Para sentir
Enquanto corríamos
A uma velocidade impossível de controlar
Velocidade
O alimento
Que nos fornecia sensações
Que se não corrêssemos
Julgaríamos não sermos capazes de suportar
Mas corríamos
Enquanto sofríamos
Corríamos tão depressa
Que pelo que nos podia matar
Não éramos atingidos
Mas corríamos
Tocando ao de leve
Os sorrisos
A parte bela da existência
Que procurávamos
Tal como um cruzado busca o Santo Graal
Sabendo
Que o local onde o encontrasse
Seria o seu destino final
E por isso
O belo alcançado
Sabia a pouco
Pouco demais
Por isso corríamos
Em busca do que ansiávamos
E que nos era vital
Correr
Depressa
Era o mais sagrado dos nossos ideais
Corríamos
Juntos
Correríamos
Juntos
Até não sentirmos mais
Porque apenas a correr nos sentíamos completos
Desta sede imensa de sensações
Minimamente satisfeitos
Corríamos
Porque é para isso
Que
Fomos Feitos