NÃO CONSIGO...

Para Ti Amiga Borboleta, sabes que é para Ti…

NÃO CONSIGO

Quebrar os teus muros de silêncio

Que tento perceber

Pelo medo de te perder…

Temendo que algo se passe

E por isso muito o lamento…

Não consigo...

Parar de te escrever

Apesar do mutismo

Teia que se enreda em si própria

Espécie de labirinto…

Embora tenha tanto medo de te ver esvanecer

Como de nunca mais te escrever

Pois temo que a minha infinita imaginação

Me leve para outro caminho

Onde de qualquer das formas

De certa maneira estou sempre sozinho…

Não consigo...

Parar de viver

Como não consigo

Deixar de ter vontade

De de Ti saber

Ou de alguma maneira ver

Não consigo...

Parar de te chamar Amiga

Pois o resto é quase história antiga

Que irei recordar

Como recordo outras feridas

Embora para sempre

Para mim serás uma pessoa Querida

Mas nunca…

Nunca uma espécie de recordação

Quero-te presente

E de contigo ter essa presente relação

De te mimar

De, mesmo amando outra

Dizer que Tu

És a minha Estrela

E de todas a mais bela

Separando as águas que nos separam

Ou ameaçam separar

Pois uma coisa é um rio

O qual consigo atravessar

Outra coisa é um mar

No qual temo me afogar…

Não consigo…