Correnteza

O amor era água

E eu tinha água em mim

Água que não parava

Correnteza sem fim

Não sabia o que eu era

Rio, riacho ou um braço

Melhor era ver esse despejar

O movimentar da água num espaço

Também recebiam água

Aqueles que perto estavam

Uns de mim retinham

Outros a repassavam

Alegria era receber e transportar

Isso se chamava amizade

Quanto mais me punha a pensar

Mais eu a distribuía com felicidade