Toda a Ternura do Mundo
Num olhar
Porque nem sequer preciso de o dizer
Que o maior medo que tenho
É de não te voltar a ver
E tu sabes
Porque basta que os teus olhos cruzem os meus
Para saberes
Que o fim para mim
É te perder
Fim
Que tudo deixe de fazer sentido
Fim
De uma estrada
Porque mesmo que esteja nela
Não a consigo ver
Se nela não estiveres comigo
Fim da ternura
Como a aprendi a sentir
A ternura
De sem trocarmos uma única palavra
Sabemos sempre para onde ir
E para onde?
Minha querida
Não sei
Nem acho que isso seja importante
Andamos
Apenas para fazermos um ao outro companhia
Mas não andamos ao acaso
Andamos
Por todo e qualquer lugar
Porque a nossa história
É contada
Não pelo passar de anos
Mas pelos passos
Que damos
Andamos
Por todo o planeta
E mais planetas seriam
Se para lá pudéssemos viajar
Andamos
Porque o que nos move
É tão poderoso
Tão profundo
Que não o conseguimos descrever
Mas alguns podem-lhe chamar
“Amor”
Embora eu prefira uma expressão para o definir:
Andamos
Nunca deixaremos de andar
Porque sentimos
Um pelo outro
Toda a Ternura do Mundo