Tua voz

Ouvi... A tua voz me consolava,

nas noites frias em que desesperada.

Passei ao lado do horror da vida,

sem paz, sem amar, sem ser amada.

Errante a vagar, quase chorando,

procurei um repouso na fadiga.

Nada encontrei, e ao voltar foi quando vi,

que me esperavas com tua voz amiga.

Sofrendo vi passar ano a ano,

levando o pranto e as mágoas que chorei.

Longe se foram a dor os desenganos,

resta-me tua voz... Por ela viverei.

Iracema Cerione (Mayra Luz)
Enviado por Iracema Cerione (Mayra Luz) em 12/11/2015
Reeditado em 11/11/2020
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