No limite do horizonte
Vi os teus olhos brilhar
E ouvi as palavras
Que ao perto não conseguias pronunciar
Vi a sombra
Do que pretendias ser
Uma sombra
Que se transformaria
Nos sonhos a que tanto ambicionavas
A sombra feliz
Da pessoa que tanto amava
Tendo ela sido a imagem que conservei de Ti
Pois recusei os filmes
As fotografias
As memórias
Porque nelas mesmo contente
Eu sei que sofrias
Não pelo que te tinha feito
Ou te tenha dito
Não
Simplesmente porque ficar
Era o equivalente
A te aprisionar
Porque existem pessoas
Que são como os pássaros
Que nasceram para voar
E tu voavas quando partias
Para um qualquer
Incerto lugar
Tu só eras feliz
Quando era incerta a tua sorte
Só eras feliz
No limite do horizonte