ABRACE-ME
ABRACE-ME
Quando a chuva cair no outonal dia de solidão
Quando minha boca secar e não poder revelar meu coração
Quando a escuridão roubar o azul e modificar meu mundo
E a fé se cansar de rogar por prelúdio...
Abrace-me na cadencia de uma lágrima triste
No solfejo de um ciciar constante,
Na pedra fria de um instante,
Em que eu precisar de um amigo...
Abrace-me no limiar de um verso triste,
Enquanto meus olhos ainda florirem
Uma brasa na solidão...
Abrace-me no pulsar de um beijo largo
No silencio compartilhado...
No recanto de uma saudade
No laço de uma verdadeira amizade...
Pois se eu te sigo é por pura liberdade,
É por gostar de estar contigo,
Mesmo na minha infantilidade...
Eu serei teu abrigo,
Mesmo no lamento, e sendo fraco,
Estarei contigo
Na entrega constante,
De um sentimento alado...
Eternamente camuflado,
Nos teus olhos quentes...
Amigo.
Poesia Marisa Zenatte
* Direitos Reservados