Sensibilidade( Parte I)

É o que nos retira dos braços da indiferença

E nos coloca nos braços da eternidade

Simplesmente porque o belo

Nunca acaba

Nunca pode acabar

E os sentimentos

São o mais belo que nós temos para dar

Mas podem argumentar

Que o mal

Também é infinito

Sim

Mas o mal

Apenas destrói

Nada tende a construir

E por isso se construíres a tua casa em cima do mal

Muito depressa ela irá ruir

Se calhar

É minha falha

Falta de visão

Mas para mim um mundo do mal

Nunca tem iluminação

E o que nos fez ir

Das cavernas até às estrelas

Foi também

Um espírito de compaixão

Um espírito de ternura

De solidariedade

De entreajuda

Que faz com que um de nós sonhe

E outro

Ajude esse sonho a concretizar

Porque apesar de seres individuais

Não somos individualistas

Não somos uma ilha

Perdida no mar

Somos um arquipélago

Cuja beleza

Reside no conjunto

Da sua diversidade

Somos frágeis

Sem dúvida

Mas se juntas

Essas ilhas resistem melhor à tempestade

Somos humanos

E ao invés de vergonha

Deveríamos ter orgulho

No elemento fulcral da nossa evolução a:

Sensibilidade…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 22/05/2015
Reeditado em 22/05/2015
Código do texto: T5250630
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