Conservo
Ao olhar dos imprudentes,
A dançar no desconhecido,
Nem restou a mente.
Dizem que conhecerei
Moça pura e delicada,
E eu hei de ver cada momento
Que ela chorar,
Que ela falar, pensar, sorrir,
Sem medo de ir, lábios a conversar,
Dia feliz, amizade a amar.
Cujos olhos apressados como serpentes,
Vejo conjuntura no passado e no presente,
Recados a dar.
Vai e vem.
Voltará, se puder também.
Quem sabe, entende e ri.
Eu, apenas a sorrir.
A moça que da frente ouço,
De trás olha, para lá encosta,
Virá a mim se pedir,
Também irei, se convir.
Asseada, que compromisso tens,
Vida dura assim, tempo virou um dos bens.
Mas este vale a pena gastar?
Diz ela que sim, cegamente a acreditar.
E ela canta, e ela toca,
Uma valsa, marcha, uma vida nas costas,
Temente no que acredita, cara-a-cara,
Não foge à dor.
Menina dos olhos escuros, mas de alma clara.
Doce menina:
Se fosse rainha,
Eu seria seu servo.
Como não é ainda,
Apenas te conservo,
Inocente e pura,
Pois logo estará à luta.
Por assim digo,
A primeira já passou.
Já encontraste abrigo?
Amigos bons terá de ter,
Ou não, depende de você.
Algo a mais sempre teremos contigo:
A amizade, que pode ir ao infinito.
E, enquanto lê o verso,
Olhe e diga a todos lá e ali:
Estás feliz por estar aqui?