Viajante distante
Não sou destes viajantes distantes
Que observa as cidades interioranas de relance
Que se esconde num frio de chuva garoada de outono.
Sou de um trago, boa cachaça do sertão,
Sou de arte, música, poesia, inspiração.
Ao dia seremos invernos, seres dormentes,
À noite, celebrantes poemas nas praças, nascente verão.
Criaturas vêm e vão
Sem ao menos passar aqui,
Sem ao menos falar comigo.
Com poucas duas ou três palavras somos amigos.
Naquele barzinho da esquina sai um bom pirão
Sai escondidinho de mandioca,
Traga toda a massa para fazer o som da tarde.
Pode chegar de coração.
Tem gente boa e amistosa por toda parte.