A ROSEIRA DA AMIZADE
À minha muito querida amiga Sonynha Borboletita
A ROSEIRA DA AMIZADE
Tenho dentro de mim
Um jardim
De palavras
E de mimos
Que contigo gostava de partilhar
Tem rosas tão lindas como Tu
Mas também picos
Onde te podes magoar…
É a
A roseira da amizade
Porque ao encontro um do outro
Costumamos chocar
Sem querer
Nesse querer de tanto um do outro se gostar
N´
A roseira da amizade
Porque nunca há prazer sem dores
Nunca há dores sem prazer
E aleijamo-nos
Nesses espinhos
Embora o façamos sem querer…
N’
A roseira da amizade
O belo na sua expressão mais sublime, o amor na forma mais tocante e pura, a fraternidade bem à flor da pele o céu afinal tão perto de nós..., todo o meu ser que transborda na minha por Ti infinita ternura
N’
A roseira da amizade
Olhos que se tocam num espelho comum
Flor que desponta
Lágrimas que caem sem qualquer tipo de embaraço
Palavras fortes e doces que nunca são uma real afronta
N’
A roseira da amizade
Porque gostamos um do outro
Claro, de uma maneira diferente
Mas são extremos que se tocam
Em passos dados em direcção ao outro de maneira prudente
A roseira da amizade
Para não acordarmos o sonho de estarmos acordados
E de certa forma, maneira e feitio gostarmos
De estar ao lado um do outro
A roseira da amizade
Nessa teia magistral de afectos
Que a vida ajuda a construir
Tu com o teu sublime sorriso
E terna forma de estar
Eu da maneira de sempre
Que como sempre costumo andar
E é então…
Que não resisto
E que te dou um beijo inocente na face
E te afago o cabelo
Te ofereço o colo para carpires as mágoas
Deixares passar por nós
Os fantasmas
E acreditares que és uma Gigante
Nos teus dialectos de afectos
Arma contra as adversidades
Que é o teu mais sagrado objecto
E assim
Juntos à distancia continuamos
E de repente
Notamos o passar dos anos
Reparando
Que o corpo envelheceu
Mas os sentimentos mútuos são os mesmos
E uma vez por outra
Lá calha o teu sonho ser também o meu
Nesse lugar mágico onde mora junta toda a nossa interioridade
Os teus anjinhos e borboletas
Mas também a minha poesia, os meus planetas
Paraíso sem o ser:
A roseira da amizade