Carecer.

Encontro do tempo e seus feitos;

Lá se vão os querubins alados,

Atrozes no recanto das nuvens,

Pelas linhas que seguem a vida.

Neste rio de águas turvadas?

Ladeiras caem de sofrimentos!

Nesta orgia entre palavras?

O céu esperando a partida.

A crueza fica sem estações;

Nas alas do campanário real!

Se afora a lacuna de fel.

Onde se esvai o acobertar;

Fechado na antemão de rinho?

O carecer da seiva em prantos.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 20/04/2015
Reeditado em 05/02/2016
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