Laços
Que nos unem a quem prezamos
E que nunca devem ser desfeitos
Laços
Que se desejam intactos por muito que passem os anos
Laços que com prazer desfazemos
Quando desembrulhamos as ofertas
De quem tanto nós queremos
Laços delicados
Não correntes que nos possam aprisionar
E por serem delicados
Há que ter cuidado quando com eles estamos a lidar
Porque quando quebrados
Para os consertar
São precisos anos
Mas as fracturas
Embora coladas
Lá estão
E nos fazem recordar
Que quando algo se parte
Nunca da mesma forma costuma ficar
Por isso convêm manter intacto
O que não se pode replicar
Convêm manter perto de nós
Quem depois de partir
Nunca mais irá regressar