ANELO AO LUAR
A Lua me fez lembrar de ti, Maninho.
Vi no brilho dela teus olhos espelhados.
Senti, dentro do meu peito,
que tu miravas a dupla áurea azular.
Sem querer me voltei ao tempo do Rio Azul,
não o Rio Verde, mas o azul,
aquele que nos refletia rindo,
quando brincávamos de atirar pedrinhas
que tintilando na boca aberta das águas
formavam ondinhas que turvavam
nossas imagens refletidas no espelhado rio.
Lembrei.
Lembrei do desaguar;
das falas de despedidas,
dos latidos dos cães;
do piar das corujas
nas noites sem luar.
A lua está tão linda...
Sei que agora olhas para ela.
Sei. Somente sei.
Não me perguntes porque
nem quem me contou ou
se foi a luz azul que me cercou
e meu pensamento voou...
Sei, somente sei que foi o luar,
dessa luz tão redondamente clara
igual a de três anos atrás
quando você foi e eu não te reti,
nem pude tentar, porque, Maninho,
tu és como o mar que invade,
que faz lembrar da extensão infinita
das águas e do enxergar.
A Lua me fez lembrar de ti, Maninho.
Vi no brilho dela teus olhos espelhados.
Senti, dentro do meu peito,
que tu miravas a dupla áurea azular.
Sem querer me voltei ao tempo do Rio Azul,
não o Rio Verde, mas o azul,
aquele que nos refletia rindo,
quando brincávamos de atirar pedrinhas
que tintilando na boca aberta das águas
formavam ondinhas que turvavam
nossas imagens refletidas no espelhado rio.
Lembrei.
Lembrei do desaguar;
das falas de despedidas,
dos latidos dos cães;
do piar das corujas
nas noites sem luar.
A lua está tão linda...
Sei que agora olhas para ela.
Sei. Somente sei.
Não me perguntes porque
nem quem me contou ou
se foi a luz azul que me cercou
e meu pensamento voou...
Sei, somente sei que foi o luar,
dessa luz tão redondamente clara
igual a de três anos atrás
quando você foi e eu não te reti,
nem pude tentar, porque, Maninho,
tu és como o mar que invade,
que faz lembrar da extensão infinita
das águas e do enxergar.