In memoriam

Iuri entrou em minha vida,

Do mesmo jeito que saiu.

Tão rápido chegou,

Logo se despediu.

Cigarro nunca fumou,

Mas doença de quem fuma a sua vida ceifou.

Deixou para trás filhos, irmãos, mulher e amigos,

Consumiu-lhe um câncer, que é da vida inimigo.

Iuri e eu falávamos de tudo,

Da vida, da morte, da ciência, da religião e da vida noutros mundos.

Sofria com a dor da doença que o consumiu,

Mas apoiado na esperança da vida nunca desistiu.

No dia da sua morte comemos juntos o pão e bebemos vinho,

Memorial da morte do Senhor para os braços de quem estava indo.

Não demorou muito e Iuri foi-se,

Deixando apenas saudade.

Uma cerimônia fúnebre para meu amigo oficiei,

Falei da vida, da morte, da partida e da saudade da qual nunca imaginei.

Antes de partir daquela terra onde meu amigo encontrei,

Fui chorar no seu túmulo e lamentar a perda de um amigo que jamais esquecerei.

(Mais poesias do autor em http://verdadenapratica.wordpress.com)