Sempre Procurámos
Caminhos difíceis
E não os fáceis
Mas não porque os fáceis estivessem ocupados
Mas simplesmente porque é nos difíceis
Que podemos ver
E saber
Quem está de facto ao nosso lado
Sempre Procurámos
Acharmo-nos nas rectas
E não nas curvas
Mas não
Não por medo de qualquer contra-ordenação
Simplesmente porque as curvas
Nos dificultavam a visão
Sempre Procurámos
Ler a subjectividade
E não a linearidade
Do outro
Não porque quiséssemos complicar
Mas apenas porque se esconde na subjectividade
Aquilo que queremos
Mas não nos atrevemos a mostrar
E assim nos metemos nos tais caminhos difíceis
Porque sabíamos que encontrando algo
Não era preciso mais esse algo procurar
Evitando as suas curvas
Porque estas só no iriam desorientar
A este processo chamámos
“Subjectividade”
Ou a arte de ter
Alguém que de outra forma
Seria impossível encontrar…