Sempre Procurámos

Caminhos difíceis

E não os fáceis

Mas não porque os fáceis estivessem ocupados

Mas simplesmente porque é nos difíceis

Que podemos ver

E saber

Quem está de facto ao nosso lado

Sempre Procurámos

Acharmo-nos nas rectas

E não nas curvas

Mas não

Não por medo de qualquer contra-ordenação

Simplesmente porque as curvas

Nos dificultavam a visão

Sempre Procurámos

Ler a subjectividade

E não a linearidade

Do outro

Não porque quiséssemos complicar

Mas apenas porque se esconde na subjectividade

Aquilo que queremos

Mas não nos atrevemos a mostrar

E assim nos metemos nos tais caminhos difíceis

Porque sabíamos que encontrando algo

Não era preciso mais esse algo procurar

Evitando as suas curvas

Porque estas só no iriam desorientar

A este processo chamámos

“Subjectividade”

Ou a arte de ter

Alguém que de outra forma

Seria impossível encontrar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 14/02/2015
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