O Meu Território (II)

Nele vi a Eternidade a passar

E percebi que ela tem um peso

Que muitos teimam em subestimar

Aprendi também

Que a única forma

Desse peso aliviar

É cada um dos seus momentos

Aproveitar

Pegar

E sentir

Uma gota de chuva

Fazendo o mesmo com um raio de sol

Olhando para estas “insignificâncias”

Como se fossem as coisas mais importantes do mundo

E são

Porque apesar de imensamente belas

Só nos permitem que as toquemos

Pouco mais do que um segundo

Pegar

No sorriso de quem amamos

Como se ele não se fosse repetir

Tocar nas suas lágrimas

E dizer a essa pessoa

Que quer as alegrias

Quer as tristezas

Dela

Somos os dois a sentir

Sobretudo devemos sentir sem medos

Sentir com toda a intensidade

Porque desta maneira

A duração dos sentires

Não será caduca

Parecerá uma perenidade

Sim

Foi assim

Que ela deixou de ter peso

Deixou de ser uma contrariedade

Porque apesar

Da nossa brevidade

Procedendo assim

O tempo que passarmos aqui

N´O Meu Território

Parecerá uma Eternidade

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 30/01/2015
Código do texto: T5119732
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