O Meu Território (II)
Nele vi a Eternidade a passar
E percebi que ela tem um peso
Que muitos teimam em subestimar
Aprendi também
Que a única forma
Desse peso aliviar
É cada um dos seus momentos
Aproveitar
Pegar
E sentir
Uma gota de chuva
Fazendo o mesmo com um raio de sol
Olhando para estas “insignificâncias”
Como se fossem as coisas mais importantes do mundo
E são
Porque apesar de imensamente belas
Só nos permitem que as toquemos
Pouco mais do que um segundo
Pegar
No sorriso de quem amamos
Como se ele não se fosse repetir
Tocar nas suas lágrimas
E dizer a essa pessoa
Que quer as alegrias
Quer as tristezas
Dela
Somos os dois a sentir
Sobretudo devemos sentir sem medos
Sentir com toda a intensidade
Porque desta maneira
A duração dos sentires
Não será caduca
Parecerá uma perenidade
Sim
Foi assim
Que ela deixou de ter peso
Deixou de ser uma contrariedade
Porque apesar
Da nossa brevidade
Procedendo assim
O tempo que passarmos aqui
N´O Meu Território
Parecerá uma Eternidade