O Meu Território I
É o local onde me desoriento
Para me logo achar
É o local onde sonho
Para os locais
E as coisas impossíveis que desejo
Alcançar
Onde vivo
Tantas coisas
Que seriam precisas mais mil vidas para as contar
O local onde perco tantas vezes
Como as que costumo ganhar
O local
Onde conheci
E vou conhecendo
Pessoas tão diferentes
Tão diversas
Mas iguais entre si
Por serem as peças
Das quais se faz a humanidade
Diversidade
A marca
Que deixaremos para a eternidade
Onde sorriu
Mais vezes
Do que aquelas em que costumo chorar
Mas como os sorrisos são mais intensos
As lágrimas
As quedas
Costumo desvalorizar
E por isso
Depois de cada queda
Me costumo levantar
Para
O meu território
Continuar a sentir
A viver
Continuar a observar
Até ao dia em que ele se esgote
E não tenha mais território por onde andar