Cecília, Clarice e eu

 Flor campestre, relva no capim

Brilho nos olhos, cheirinho de jardim

Coração bate feliz, no cair da tarde

Por do sol, presente divino, milagre  

Hoje a noite não tem lua

Mas tenho Cecília e Clarice

Do criado-mudo sussurram

Palavras em poesias, meiguices  

Minhas comadres da madrugada

Loucas da pá virada, como eu

A esperar pela lua solitária

Me cantam prosas, com versos seus  

E a viola no peito, até o amanhecer

Cecília e Clarice vêem o sol nascer

E vestimos poesias, e bate uma euforia

E brindamos com o néctar da alegria.