NA NOITE PASSADA
A quem me estima e aos meus fantasmas
NA NOITE PASSADA
Abri um livro
E não fiz mais nada
Na noite passada
Livro de páginas em branco
Por onde vou escrevendo o meu destino
E com lágrimas pedaços mentais
Das pessoas que estimo
Na noite passada
Abri uma janela para ver o vento celestial
Quebrei algo, nada de especial
Um vidro inquebrável
Que fez verter o meu sangue
Das dores que vou tendo
Perpétuas e que possuem pouco de louvável
Na noite passada
Julguei ter visto os meus fantasmas
De camuflado
De lirismos solitário e amores perdidos a seu lado
Na noite passada
Passei sem horas, sem rumo pela cidade que me viu nascer
Procurava o rosto de quem gosto
E que eu ainda não sei se fiz algo para o merecer
Na noite passada
Abri os vidros porque estava com calor
Prazer que substitui a dor
Por vos ter comigo
E ao mesmo tempo sentir
Que não tenho nada
Ilusões virtuais
Vividas
Na noite passada