BONDADE SUA

E se a cola não cola

Deixe que a mola amoleça

Qualquer palavra bruta...

Bondade a sua o pão de cada dia

O leite no pires

A luz da retina

O piscar de olho, a voz de bom dia

Não esquenta a cuca não

Daqui a pouco o vento passa

E nada ficará do mesmo jeito

O cabelo assanha, a barba arranha

Estampamos no sorriso

O outono da nossa vida

E se a mola desgasta

Façamos a troca antes que anoiteça

Sem que deixemos os pés descobertos

De resto apenas bondade sua

Me afagar o sorriso enquanto eu dormia

Me trazer pra vida antes da monotonia

Me manter colado mesmo com a cola gasta

Do teu lado

Bondade sua, quanta bondade...