No final daquele terrível dia…
Olhámos para o que tínhamos conquistado
E para o imenso que faltava conquistar
Mas sobretudo olhámos para os que tinham caído
Não celebrámos a vitória
Limitámo-nos a chorar
Ao mesmo tempo que nos questionámos
Se tudo aquilo valia a pena
Se as mágoas
As lágrimas
Não poderiam serem poupadas
Com a capitulação
Teríamos paz sem dúvida
Mas viveríamos numa prisão
Porque não nos batíamos por mero capricho
Por tédio
Ou como uma forma de ocupar o tempo
O que nos movia era uma ideia
Um principio civilizacional
Que acima de todos os outros
Considerávamos primordial
Batíamos-mos pela ideia
De gente diferente
Poder ser Igual