No final daquele terrível dia…

Olhámos para o que tínhamos conquistado

E para o imenso que faltava conquistar

Mas sobretudo olhámos para os que tinham caído

Não celebrámos a vitória

Limitámo-nos a chorar

Ao mesmo tempo que nos questionámos

Se tudo aquilo valia a pena

Se as mágoas

As lágrimas

Não poderiam serem poupadas

Com a capitulação

Teríamos paz sem dúvida

Mas viveríamos numa prisão

Porque não nos batíamos por mero capricho

Por tédio

Ou como uma forma de ocupar o tempo

O que nos movia era uma ideia

Um principio civilizacional

Que acima de todos os outros

Considerávamos primordial

Batíamos-mos pela ideia

De gente diferente

Poder ser Igual

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 20/09/2014
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