À beira do fim

Temos de dar um salto no escuro

Para tudo se iluminar

Porque quando tocarmos no chão

Percebermos que quando chega um fim

Chega sempre um recomeçar

Mas para tal

É necessário

Que o movimento

Substitua a inércia

Local

Onde nos deixámos tombar

Derrotados

Para tal é necessário

Que nos atrevamos a saltar

Rumo ao desconhecido

Sem dúvida

Mas nunca

No tal vazio

Porque iremos parar a qualquer lugar

Melhor

Seguramente melhor

Daquele de onde vimos

E que nos parecia estar a matar

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 18/09/2014
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