À beira do fim
Temos de dar um salto no escuro
Para tudo se iluminar
Porque quando tocarmos no chão
Percebermos que quando chega um fim
Chega sempre um recomeçar
Mas para tal
É necessário
Que o movimento
Substitua a inércia
Local
Onde nos deixámos tombar
Derrotados
Para tal é necessário
Que nos atrevamos a saltar
Rumo ao desconhecido
Sem dúvida
Mas nunca
No tal vazio
Porque iremos parar a qualquer lugar
Melhor
Seguramente melhor
Daquele de onde vimos
E que nos parecia estar a matar