São nossos os dias que depois virão…
Transformemos o sangue das nossas feridas
Em água
Que irá regar
O chão dos nossos sonhos
Transformado em cinzas
Mas onde semeámos o que restava da nossa fé
E quando tudo parecer de facto perdido
Do chão do nada
A esperança irá brotar…
Façamos das palavras que nos quiseram derrubar
As armas
Que nos permitirão continuar a lutar
As mesmas palavras
Mas com um sentido construtor
E não destrutivo
Porque mesmo depois de finda uma guerra
Saímos elevados
Quando respeitámos o nosso inimigo…
Respondamos à ira
Com o melhor dos nossos sorrisos
Sorrisos firmes
Para que percebam
Que nos podem derrubar
Mas que jamais irão ter o prazer da nossa capitulação
Para que entendam
Que o presente pode ser deles
Mas são nossos
Os dias que depois virão…