De mão aberta fazemos a paz, não com um punho serrado

Quantos tiros terão que serem disparados

Até ao tiro final

Quanto tempo demorará a chegar a paz

E quanto mais tempo teremos que viver no tempo em que prevalece mal?

Quantos murros serão dados

Até percebermos

Que a paz se faz com uma mão aberta

E não com um punho serrado?

Quantas bombas terão que rebentar

Até que depois de esgotados os paióis

As aves poderão voltar a voar

Perante o nada

Que conseguimos conquistar

Até que alguém se volte a recordar

Que são as palavras

E não as armas

Que nos fazem prosperar

Renascendo então a concórdia

Com que todos sonhamos

Até outro alguém se lembrar

Que com os sonhos de muitos

Poucos têm a ganhar

Rebentando novamente uma bomba

Para tudo

Voltar a recomeçar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 01/07/2014
Reeditado em 01/07/2014
Código do texto: T4865233
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