De mão aberta fazemos a paz, não com um punho serrado
Quantos tiros terão que serem disparados
Até ao tiro final
Quanto tempo demorará a chegar a paz
E quanto mais tempo teremos que viver no tempo em que prevalece mal?
Quantos murros serão dados
Até percebermos
Que a paz se faz com uma mão aberta
E não com um punho serrado?
Quantas bombas terão que rebentar
Até que depois de esgotados os paióis
As aves poderão voltar a voar
Perante o nada
Que conseguimos conquistar
Até que alguém se volte a recordar
Que são as palavras
E não as armas
Que nos fazem prosperar
Renascendo então a concórdia
Com que todos sonhamos
Até outro alguém se lembrar
Que com os sonhos de muitos
Poucos têm a ganhar
Rebentando novamente uma bomba
Para tudo
Voltar a recomeçar…