Radioactivo…
É como me sinto
Quando leio nos teus olhos
O que não te atreves a verbalizar
Que em vez de bem
Sentes-te mal
Quando estás comigo…
Que contamino o teu sorriso
Ao ponto de em nada o transformar
E ele só regressa
Quando de Ti me afastar…
Não se nota
Nada se parece passar
Só o teu silencioso
Apagar…
Mas algumas das piores coisas
São aquelas que não se vêem
Mas que em surdina
Nos estão a matar
E por isso
Nas alturas em que me apercebo ser veneno
Ao invés de antídoto para as tuas dores
Parto
Para um lugar
Por Ti desconhecido
E nem de lá te irei contactar
Porque sei que basta ouvires a minha voz
Ou saberes onde estou
Para me pedires para voltar
E assim
O silêncio
A distância
E o desconhecimento
Servem para eu me arrepender
E a ti para te desintoxicares
Até que chega a altura
Em que queres que volte a estar contigo
Até ao momento
Em que me volte a sentir
Radioactivo…